Ilhados no semiárido!

ILHADOS NO SEMIÁRIDO

Senador Rui Palmeira, embora seja um município localizado no médio sertão alagoano, onde as chuvas são periódicas e escassas, tem a “mordomia” de há anos conviver com um fenômeno que, para a região onde se localiza, não deve ser comum nem natural: ficar totalmente ilhado devido aos riachos. Para entrar e/ou sair do município via cidade, é preciso atravessar o ex-Riacho Grande. 

No entanto, em virtude do estado como este riacho se encontra, sobretudo no que se refere ao alto n í v e l d e d e sma t ame n t o das matas ciliares e assoreamento do seu leito, bem como, pelo fato de n ã o e x i s t i r nenhuma ponte q u e d ê a o s h a b i t a n t e s condições de passagem independentemente da situação climática, este acesso tem se constituído, há anos, num risco à vida daqueles que precisam cruzálo.

Não bastasse a inteligência arquitetônica de gestões anteriores que construíram uma travessia por onde a água tem que passar por cima, temos que suportar a indiferença dos governantes atuais diante de um caso de tamanha relevância. É privilegiado o ruipalmeirense que ainda não teve o desprazer de ficar horas e horas esperando a água baixar, inclusive durante a noite, ou que não precisou cancelar os compromisso dentro ou fora do município porque não teve condições de atravessar o riacho. 

Se isso acontecesse uma vez na vida, até seria entendido como fatalidade e buscar-se-iam outras explicações. Mas, infelizmente, diante da situação visível do riacho e da repetição, ano a ano, de casos de transtorno pelo isolamento e/ou pequenos acidentes daqueles que se arriscam em ultrapassar, não podemos falar de outra coisa senão do descaso do governo municipal e da despolitização da população.

Penso não ser interessante ficar de braços cruzados esperando algo maior e pior acontecer. Imagine alguém precisando ser urgentemente socorrido ter que esperar a noite inteira e/ou parte do dia para atravessar a principal passagem do município! 

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